quinta-feira, 24 de março de 2011

TODA PALAVRA QUE VOCÊ PRONUNCIA ADQUIRE VIDA

Estamos conectados a tudo no Universo. Não há nada do qual não façamos parte; tudo flui através de nós e para nós. Nossas energias, nossos pensamentos e nossas palavras fluem através de toda a vida, na Terra e em outros lugares. Não existe um fim para nós, nem um começo, mas um fluxo contínuo de vida, mudando constantemente de forma. Estamos continuamente aperfeiçoando nossa forma a cada encarnação, seja como elemento, planta, animal, ser humano, estrela ou galáxia. Nós nos desafiamos deliberadamente a nos tornarmos tudo o que podemos nos tornar. Não existe nenhuma falha neste tipo de existência, apenas evolução.

Ao atingirmos certo grau neste nível de evolução, começamos a perceber os efeitos que nossas palavras, pensamentos e medos provocam neste momento crucial da humanidade. Falamos negligentemente, criamos impulsivamente e profetizamos com base no medo. Falamos como se nossas palavras não significassem absolutamente nada, vendo-as apenas como palavras, sem compreender que mundos foram criados por uma palavra, um pensamento, um decreto. Não percebemos o poder que está à nossa disposição para destruir tudo ou criar uma Utopia, um Paraíso, um Céu na Terra. E assim sabotamos nossas próprias vidas, nossas finanças, nossa saúde, nossos casamentos e nossos futuros.

Todo pensamento que você tem está vivo. Toda palavra que você pronuncia adquire vida. Você a liberta do seu domínio pessoal. Do mesmo modo que se liberta um gênio de dentro de uma garrafa, suas palavras e seus sentimentos aguardam um comando seu para entrarem no mundo da matéria e fazerem o que eles sabem fazer melhor – criar! Toda criação é feita por você, para você e através de você! O tempo entre pensamento e manifestação está cada vez mais curto, obrigando todas as pessoas a levarem sua atenção para o corredor espelhado da responsabilidade. É ali que os reflexos gritam: “Olhe o que você criou! Olhe o que você gerou!”


Nós nos oferecemos maravilhosos presentes mágicos a cada minuto, a cada dia, simplesmente através das palavras que pronunciamos. Ninguém está determinado a nos pegar, ninguém está determinado a nos destruir; toda situação é de nossa própria criação, uma criação divina, uma ferramenta para nos conduzir a uma situação mais elevada de conhecimento..

Não só fazemos isto como indivíduos, mas como países, famílias, continentes e também como um mundo. Há tantas oportunidades para aprender, evoluir e amar. Somos como crianças brincando com armas nucleares sem saber o poder dos instrumentos que têm nas mãos. Fazemos o máximo para realizar as profecias antigas e bíblicas, acreditando que, em algum nível, os antigos sabiam mais do que nós, e assim entregamos nosso poder e nosso mundo para os ossos ressecados do passado. Se essas mesmas pessoas profetizassem hoje em dia, nós riríamos delas, rotulando-as de excêntricas ou membros de alguma seita, não respeitando suas palavras nem seus medos.

Muitas culturas em todo o mundo sentem necessidade de fazer com que as antigas profecias se realizem. Suas religiões não serão completas sem a destruição em massa que está prometida. Pois, se a profecia não é verdadeira, então o que mais também não é verdade em suas doutrinas? Será que o Deus delas mentiu para elas sobre alguma outra coisa? É este tipo de pensamento que precisa ser cortado pela raiz; não pelo confronto, nem pela raiva nem por julgamento, mas através do amor, amor e mais amor. O mundo externo simplesmente reflete nossos pensamentos e diálogos internos. A vida não é algo que acontece a nós, mas algo que nós criamos continuamente.

Sabendo que podemos e realmente criamos coletivamente tudo e qualquer coisa, entremos em ação e criemos um mundo de amor, de paz e de alegria; onde todas as crianças vão para cama com a barriga cheia, e todos os que não têm um lar substituam suas casas de papelão por uma casa de verdade. Enxerguemos a taça do nosso mundo sempre cheia em vez de meio-vazia e morna.. Toda a vida responde aos nossos pensamentos e desejos, especialmente os pensamentos ou decretos casuais.

O fato de sabermos quão poderosos são os nossos pensamentos, durante as 24 horas do dia e por toda a eternidade, deve colocar um certo freio em nossas piadinhas, pois aquilo que falamos, até mesmo por brincadeira, se propaga por todo espaço e tempo. Aquilo que decretamos para os outros, damos a nós mesmos. Nossas raivas, medos, invejas tornam-se vivos e nos chutam de volta para chamar nossa atenção.

Como você ama, você atrai. Hoje você está onde seus pensamentos o trouxeram; amanhã estará onde seus pensamentos o levarem. Você não pode escapar do resultado dos seus pensamentos, mas pode suportar e aprender, aceitar e ser feliz.

Você realizará a visão do seu coração, não o desejo fútil. Você gravitará em direção àquilo que secretamente mais ama. Em suas mãos será colocado o resultado exato que lhe cabe, nem mais, nem menos. Qualquer que seja o seu ambiente atual, você cairá, permanecerá ou se elevará com seus pensamentos… sua visão… seu ideal.
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Gillian MacBeth-Louthan – PO box 217 – Dandridge, Tennessee 37725-0217 – www.thequantumawakening.com thequantumawakening@hughes.net

Tradução de Vera Corrêa veracorrea46@ig.com.br

terça-feira, 8 de março de 2011

MULHER SEGUNDO PAULO COELHO

Não importa o quanto pesa. É fascinante tocar, abraçar e acariciar o corpo de uma mulher. Saber seu peso não nos proporciona nenhuma emoção.

Não temos a menor idéia de qual seja seu manequim. Nossa avaliação é visual, isso quer dizer, se tem forma de guitarra... está bem. Não nos importa quanto medem em centímetros - é uma questão de proporções, não de medidas.

As proporções ideais do corpo de uma mulher são: curvilíneas, cheinhas, femininas.... Essa classe de corpo que, sem dúvida, se nota numa fração de segundo. As magrinhas que desfilam nas passarelas, seguem a tendência desenhada por estilistas que, diga-se de passagem, são todos gays e odeiam as mulheres e com elas competem. Suas modas são retas e sem formas e agridem o corpo que eles odeiam porque não podem tê-los.

Não há beleza mais irresistível na mulher do que a feminilidade e a doçura. A elegância e o bom trato, são equivalentes a mil viagras.

A maquiagem foi inventada para que as mulheres a usem. Usem! Para andar de cara lavada, basta a nossa. Os cabelos, quanto mais tratados, melhor.

As saias foram inventadas para mostrar suas magníficas pernas.. Porque razão as cobrem com calças longas? Para que as confundam conosco? Uma onda é uma onda, as cadeiras são cadeiras e pronto. Se a natureza lhes deu estas formas curvilíneas, foi por alguma razão e eu reitero: nós gostamos assim. Ocultar essas formas, é como ter o melhor sofá embalado no sótão.

É essa a lei da natureza... que todo aquele que se casa com uma modelo magra, anoréxica, bulêmica e nervosa logo procura uma amante cheinha, simpática, tranqüila e cheia de saúde.

Entendam de uma vez! Tratem de agradar a nós e não a vocês. porque, nunca terão uma referência objetiva, do quanto são lindas, dita por uma mulher. Nenhuma mulher vai reconhecer jamais, diante de um homem, com sinceridade, que outra mulher é linda.

As jovens são lindas... mas as de 40 para cima, são verdadeiros pratos fortes. Por tantas delas somos capazes de atravessar o Atlântico a nado. O corpo muda... cresce. Não podem pensar, sem ficarem psicóticas que podem entrar no mesmo vestido que usavam aos 18. Entretanto uma mulher de 45, na qual entre na roupa que usou aos 18 anos, ou tem problemas de desenvolvimento ou está se auto-destruindo.

Nós gostamos das mulheres que sabem conduzir sua vida com equilíbrio e sabem controlar sua natural tendência a culpas. Ou seja, aquela que quando tem que comer, come com vontade (a dieta virá em setembro, não antes; quando tem que fazer dieta, faz dieta com vontade (não se saboteia e não sofre); quando tem que ter intimidade com o parceiro, tem com vontade; quando tem que comprar algo que goste, compra; quando tem que economizar, economiza.

Algumas linhas no rosto, algumas cicatrizes no ventre, algumas marcas de estrias não lhes tira a beleza.. São feridas de guerra, testemunhas de que fizeram algo em suas vidas, não tiveram anos 'em formol' nem em spa... viveram! O corpo da mulher é a prova de que Deus existe. É o sagrado recinto da gestação de todos os homens, onde foram alimentados, ninados e nós, sem querer, as enchemos de estrias, de cesárias e demais coisas que tiveram que acontecer para estarmos vivos.
Cuidem-no! Cuidem-se! Amem-se!

A beleza é tudo isto.

Por: Paulo Coelho





MULHER MARAVILHOSA, MAS IMPERFEITA

'Eu não sirvo de exemplo para nada, mas, se você quer saber se isso é possível, me ofereço como piloto de testes. Sou a Miss Imperfeita, muito prazer. A imperfeita que faz tudo o que precisa fazer, como boa profissional, mãe, filha e mulher que também sou: trabalho todos os dias, ganho minha grana, vou ao supermercado, decido o cardápio das refeições, cuido dos filhos, marido (se tiver), telefono sempre para minha mãe, procuro minhas amigas, namoro, viajo, vou ao cinema, pago minhas contas, respondo a toneladas de e mails, faço revisões no dentista, mamografia, caminho meia hora diariamente, compro flores para casa, providencio os consertos domésticos e ainda faço as unhas e depilação!

E, entre uma coisa e outra, leio livros.

Portanto, sou ocupada, mas não uma workholic.

Por mais disciplinada e responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas que operam milagres.

Primeiro: a dizer NÃO.

Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer NÃO. Culpa por nada, aliás.

Existe a Coca Zero, o Fome Zero, o Recruta Zero. Pois inclua na sua lista a Culpa Zero.

Quando você nasceu, nenhum profeta adentrou a sala da maternidade e lhe apontou o dedo dizendo que a partir daquele momento você seria modelo para os outros.

Seu pai e sua mãe, acredite, não tiveram essa expectativa: tudo o que desejaram é que você não chorasse muito durante as madrugadas e mamasse direitinho.

Você não é Nossa Senhora.

Você é, humildemente, uma mulher.

E, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye vida interessante. Porque vida interessante não é ter a agenda lotada, não é ser sempre politicamente correta, não é topar qualquer projeto por dinheiro, não é atender a todos e criar para si a falsa impressão de ser indispensável. É ter tempo.

Tempo para fazer nada.

Tempo para fazer tudo.

Tempo para dançar sozinha na sala.

Tempo para bisbilhotar uma loja de discos.

Tempo para sumir dois dias com seu amor.

Três dias.

Cinco dias!

Tempo para uma massagem.

Tempo para ver a novela.

Tempo para receber aquela sua amiga que é consultora de produtos de beleza.

Tempo para fazer um trabalho voluntário.

Tempo para procurar um abajur novo para seu quarto.

Tempo para conhecer outras pessoas.

Voltar a estudar.

Para engravidar.

Tempo para escrever um livro que você nem sabe se um dia será editado.

Tempo, principalmente, para descobrir que você pode ser perfeitamente organizada e profissional sem deixar de existir.

Porque nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto ou pela quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa postal.

Existir, a que será que se destina?

Destina-se a ter o tempo a favor, e não contra.

A mulher moderna anda muito antiga. Acredita que, se não for super, se não for mega, se não for uma executiva ISO 9000, não será bem avaliada. Está tentando provar não-sei-o-quê para não-sei-quem.

Precisa respeitar o mosaico de si mesma, privilegiar cada pedacinho de si.

Se o trabalho é um pedação de sua vida, ótimo!

Nada é mais elegante, charmoso e inteligente do que ser independente.
Mulher que se sustenta fica muito mais sexy e muito mais livre para ir e vir.
Desde que lembre de separar alguns bons momentos da semana para usufruir essa independência, senão é escravidão, a mesma que nos mantinha trancafiadas em casa, espiando a vida pela janela.

Desacelerar tem um custo. Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prada, o hotel decorado pelo Philippe Starck e o batom da M.A.C.
Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso, francamente, está precisando rever seus valores.

E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar e o rosto lavado (ok, esqueça o rosto lavado) podem ser prazeres cinco estrelas e nos dar uma nova perspectiva sobre o que é, afinal, uma vida interessante'

Por: Martha Medeiros
Fonte:Texto na Revista do Jornal O Globo