sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

REPRESSÃO

Repressão

Repressão significa viver uma vida que não é o seu destino. Repressão é fazer coisas que você nunca quis fazer. Repressão é ser uma pessoa que você não é. É uma forma de se autodestruir.

Repressão é suicídio, um suicídio lento, é claro, mas certamente um lento envenenamento.

Expressão é vida, repressão é suicídio. Não viva uma vida reprimida, do contrário você não viverá. Viva uma vida de expressão, criatividade, alegria. Viva de forma como a existência desejou que você vivesse: da forma natural.

Ouça seus instintos, ouça mesmo, vá aonde quer que sua espontaneidade o leve, assim você nunca estará perdido.seu corpo, seu coração, sua inteligência. Dependa apenas de si.

E, seguindo espontaneamente sua vida natural, um dia você acabará chegando às portas do divino.


Osho, em "Osho de A a Z - Um Dicionário Espiritual do Aqui e Agora"

A VERDADEIRA LIBERDADE EMERGE DO NOSSO INTERIOR

Existem muitos tipos de liberdade - a social, a política, a econômica -, mas elas são apenas superficiais.
A verdadeira liberdade tem uma dimensão totalmente diferente. Ela não diz respeito ao mundo exterior, nada disso; ela emerge da nossa interioridade.
Trata-se da liberdade com relação ao condicionamento, a todos os tipos de condicionamento, às ideologias religiosas, às filosofias políticas.
Todos eles têm sido impostos por outras pessoas sobre você, têm agrilhoado você, acorrentado você, aprisionado você, têm feito de você espiritualmente um escravo.
A meditação nada mais é do que destruir todos esses grilhões, condicionamentos, a destruição de todas as prisões, de modo que você possa ficar novamente sob o céu, sob as estrelas, ao ar livre, disponível para a existência.
Osho, em "Liberdade: a Coragem de Ser Você Mesmo"

A LIBERDADE E A NOVA DIMENSÃO DO AMOR

A liberdade e a nova dimensão do Amor

No momento em que você sente que não depende mais de ninguém, uma profunda serenidade e silêncio caem sobre você, uma tranquila entrega.
Isso não significa que você pare de amar. Pelo contrário, pela primeira vez você conhece uma nova qualidade, uma nova dimensão do amor, um amor que não é mais biológico, que está mais próximo da amabilidade do que qualquer relacionamento.
Osho, em "Amor, Liberdade e Solitude: Uma Nova Visão Sobre os Relacionamentos"

FLORESCER DO SEU CORAÇÃO

A religiosidade autêntica é o florescer do seu coração

Uma religião não deveria ser uma organização morta, mas um tipo de religiosidade, uma propriedade que inclui verdade, sinceridade, naturalidade, um profundo relaxamento em relação ao cosmos, um coração amoroso, uma afabilidade para com o todo. Para isso, nenhuma escritura sagrada é necessária.

Na verdade, não há escrituras sagradas em lugar nenhum. As assim chamadas escrituras sagradas nem mesmo provam ser boa literatura. É bom que ninguém as leia porque elas estão cheias de pornografia.

Uma religiosidade autêntica não precisa de profetas, salvadores, livros sagrados, igrejas, papas ou sacerdotes, porque religiosidade é o florescer do seu coração, é chegar ao centro do seu próprio ser.

E, no momento em que você chega ao centro do seu próprio ser, há uma explosão de beleza, de bênção, de silêncio, de luz. Você começa a se tornar uma pessoa totalmente diferente.

Tudo o que era escuro em sua vida desaparece, e tudo o que era errado também desaparece. O que quer que você faça é feito com absoluta consciência.

Eu conheço apenas uma virtude, que é a consciência.

Osho, em "Religiosidade é Diferente de Religião"

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

PRIVACIDADE

A necessidade de privacidade


O ser tem dois lados: o interior e o exterior. O exterior pode ser público, mas o interior não pode. Se você tornar o interior público, perderá a sua alma, perderá a sua face original. Então você viverá como se não tivesse um ser interior. A vida se torna monótona, fútil.
Isso acontece às pessoas que levam uma vida pública — políticos, astros de cinema. Eles se tornam públicos, perdem completamente o ser interior; eles não sabem quem são, a menos que o público fale sobre eles. Eles dependem da opinião dos outros, não têm o sentimento do próprio ser.
Uma das mais famosas atrizes, Marilyn Monroe, cometeu suicídio, e os psicanalistas têm meditado sobre os motivos para isso. Ela era uma das mulheres mais lindas que já existiram, uma das mais bem-sucedidas. Até mesmo o presidente dos Estados Unidos, Kennedy, estava apaixonado por ela, e milhões de pessoas a amavam. Não se pode pensar no que mais se possa ter. Ela tinha tudo.
Mas ela era pública e sabia disso. Até mesmo na alcova, quando o presidente Kennedy a visitava, ela costumava chamá-lo de "Sr. Presidente" — como se estivesse tendo relações não com um homem, mas com uma instituição.
Ela era uma instituição. Pouco a pouco, ela tomou consciência de que não tinha nada de privado. Uma vez alguém lhe perguntou — ela tinha acabado de posar nua para um calendário e alguém lhe perguntou:— Mas você não tinha nada enquanto posava para o calendário?— Bem... — respondeu ela. — Eu tinha... o rádio ligado.
Exposta, nua, nada seu em particular. Eu acho que ela cometeu suicídio porque essa era a única coisa que poderia ter feito em particular. Tudo era público; essa foi a única coisa que sobrou para fazer por conta própria, sozinha, algo absolutamente íntimo e secreto. As personagens públicas são sempre atraídas para o suicídio porque apenas por meio do suicídio elas podem ter um vislumbre de quem são.
Tudo o que é bonito é interior, e o interior significa privacidade. Você observou as mulheres fazendo amor? Elas sempre fecham os olhos. Elas sabem o que fazem. O homem continua fazendo amor com os olhos abertos; ele continua sendo um observador. Ele não está completamente entregue ao ato; não está totalmente nele.
Ele continua sendo um voyeur, como se outra pessoa estivesse fazendo amor e ele estivesse observando; como se o ato do amor estivesse numa tela de TV ou de cinema. Mas a mulher sabe mais porque ela está mais sutilmente sintonizada com o interior. Ela sempre fecha os olhos. Então o amor tem um perfume totalmente diferente.
Faça uma coisa: um dia, ao tomar banho, acenda e apague a luz. No escuro, você ouve melhor a água cair, o som é mais nítido. Quando a luz está acesa, o som não fica tão nítido. O que acontece no escuro? No escuro, tudo o mais desaparece, porque você não pode ver. Só você e o som estão lá.
É por isso que em todos os bons restaurantes evita-se a luz; a luz forte é evitada. Eles usam velas. Sempre que um restaurante está à luz de velas, o gosto é melhor — você come bem e o paladar é mais apurado. O encanto envolve você. Se houver muita iluminação, o paladar desaparece. Os olhos tornam tudo público.
Na primeira frase da sua Metafísica, Aristóteles diz que a visão é o sentido mais elevado do homem. Não é — na verdade, a visão tornou-se muito dominadora. Ela monopolizou todo o seu ser e destruiu todos os outros sentidos.
O mestre dele, o mestre de Aristóteles, Platão, diz que existe uma hierarquia entre os sentidos — a visão está no alto, o toque na base. Ele está completamente errado. Não existe hierarquia. Todos os sentidos estão no mesmo nível e não deve haver nenhuma hierarquia entre eles.
Mas você vive através dos olhos: oitenta por cento da sua vida depende dos olhos. Não deveria ser assim; o equilíbrio precisa ser restabelecido. Você também deve tocar, porque o toque tem algo que os olhos não podem dar.
Mas experimente, experimente tocar a mulher que você ama ou o homem que você ama em plena luz e, depois, tocar no escuro. No escuro o corpo se revela, no claro ele se esconde.
Você já viu as pinturas de corpos femininos de Renoir? Elas têm algo de milagroso. Muitos pintores pintaram o corpo feminino, mas não existe comparação com Renoir. Qual é a diferença? Todos os outros pintores pintaram o corpo feminino como ele aparece aos olhos. Renoir pintou como ele é sentido pelas mãos; assim, a pintura tem calor, proximidade, vivacidade.
Quando você toca, algo de muito íntimo acontece. Quando você vê, tudo fica distante. No escuro, em segredo, na privacidade, algo se revela que não pode ser revelado às claras, na rua.
Outros estão vendo e observando: algo profundo dentro de você se encolhe, não pode desabrochar.
É como se você pusesse sementes no chão para todo mundo olhar. Elas nunca irão brotar. Elas precisam ser atiradas no fundo do útero da terra, na escuridão profunda onde ninguém possa vê-las, onde elas começam a brotar e então nasce uma grande árvore.
Assim como as sementes precisam do escuro e da privacidade, todos os relacionamentos que são profundos e íntimos permanecem no seu interior. Eles precisam de privacidade, precisam de um lugar onde apenas dois existam. Então chega um momento em que até mesmo os dois se dissolvem e apenas um existe.
Dois amantes profundamente afinados um com o outro se dissolvem. Apenas um existe. Eles respiram juntos, estão juntos, existe um companheirismo. Isso não seria possível se houvesse a presença de observadores. Eles nunca seriam capazes de relaxar se outros estivessem observando. Os próprios olhos se tornariam uma barreira. Assim, tudo o que é belo, tudo o que é profundo, acontece no escuro.
Nos relacionamentos humanos, a privacidade é necessária. O segredo tem suas próprias razões para existir. Lembre-se disso, e lembre-se sempre de que você vai se comportar muito tolamente na vida caso se torne totalmente público.
Seria como se alguém virasse os bolsos do avesso. Essa seria a sua forma, como bolsos virados do avesso. Não há nada de errado em ser voltado para fora; mas lembre-se de que isso é apenas parte da vida. Não deve se tornar a totalidade.
Eu não estou querendo dizer para entrar no escuro para sempre. A luz tem sua própria beleza e o seu próprio sentido. Se a semente permanecer no escuro para todo o sempre e nunca sair para receber o sol da manhã, ela morrerá.
Ela precisa entrar no escuro para brotar, para reunir forças, para tornar-se vital, para renascer, e depois tem de sair e encarar o mundo, a luz, a tempestade e as chuvas. Ela tem de aceitar o desafio do exterior. Mas esse desafio só pode ser aceito se você estiver profundamente enraizado interiormente.
Eu não estou dizendo para você se tornar escapista. Não estou dizendo para você fechar os olhos, se retrair e nunca mais sair. Estou dizendo simplesmente para você entrar de modo que possa sair com energia, com amor, com compaixão.
Entrar, de modo que, quando sair, você não seja mais mendigo, mas rei. Entrar, de modo que, quando sair, tenha algo a compartilhar — as flores, as folhas. Entrar de modo que a sua saída seja mais rica e não empobrecida. E sempre se lembre de que, toda vez que se sentir exaurido, a fonte de energia está no seu interior. Feche os olhos e entre.
Tenha relacionamentos externos, tenha relacionamentos internos também. É claro que é inevitável ter relacionamentos externos — você anda no mundo, os relacionamentos profissionais estão aí —, mas eles não devem ser tudo. Eles têm um papel a desempenhar, mas deve haver algo absolutamente secreto e privado, algo que você possa chamar de seu.
Foi isso que faltou a Marilyn Monroe. Ela era uma mulher pública, bem-sucedida, ainda que um completo fracasso. Quando estava no auge do sucesso e da fama, ela cometeu suicídio. Por que ela cometeu suicídio continua sendo um enigma. Ela tinha tudo por que viver; não se pode conceber mais fama, mais sucesso, mais carisma, mais beleza, mais saúde do que ela tinha. Estava tudo lá, não era preciso melhorar nada, e ainda assim faltava alguma coisa. O lado de dentro, o interior, estava vazio. Então, o suicídio foi o único caminho.
Pode ser que você não chegue ao ponto de cometer suicídio como Marilyn Monroe. Pode ser que você seja muito covarde e cometa suicídio muito lentamente — pode ser que você leve setenta anos para cometê-lo — mas ainda assim é suicídio.
A menos que tenha algo dentro de você, que não dependa de nada de fora, que seja apenas seu — um mundo, um espaço seu, onde possa fechar os olhos e andar, onde possa esquecer que tudo mais existe — você está cometendo suicídio.
A vida nasce dessa fonte interior e se espalha pelo céu afora. Tem de haver um equilíbrio; e estou sempre procurando o equilíbrio. Portanto, não vou dizer que a sua vida deva ser um livro aberto, não. Alguns capítulos abertos, tudo bem. E alguns capítulos completamente fechados, um completo mistério. Se você for apenas um livro aberto, você será uma prostituta, você simplesmente vai ficar esperando nu na rua, com o rádio ligado. Não, essa não.
Se todo o seu livro estiver aberto, você será apenas o dia sem noite, apenas o verão sem inverno. Onde você vai descansar, onde vai se centrar e onde vai buscar refúgio? Para onde você irá quando estiver cansado deste mundo? Para onde irá para orar e meditar? Não; meio a meio está perfeito. Deixe metade do seu livro aberto — aberto a todos, disponível a todos — e deixe que a outra metade do seu livro seja tão secreta que apenas raros convidados possam ter acesso a ela.
Apenas raramente alguém recebe a permissão para entrar no seu templo. É assim que deve ser. Se a multidão entrar e sair, então o templo não será mais um templo. Poderá ser o salão de espera de um aeroporto, mas não pode ser um templo.
Apenas raramente, muito raramente, você permite que alguém entre no seu eu. É isso que é o amor.
Osho, em "Intimidade: Como Confiar em Si Mesmo e nos Outros"

QUEM FOI OSHO?

Desde sua infância, na Índia, estava claro que Osho não seguiria as convenções do mundo à sua volta. Passou os primeiros sete anos de sua vida com seus avós maternos, que lhe permitiram liberdade de ser ele mesmo, da qual poucas crianças desfrutam. Ele era uma criança solitária, preferindo passar longas horas sentado, em silêncio ao lado de um lago, ou explorar as redondezas sozinho. A morte de seu avô materno, diz ele, teve um efeito profundo em sua vida interior, provocando-lhe uma determinação de descobrir o imortal da vida. Ao se juntar à crescente família de seus pais e entrar na escola, estava firmemente fundamentado na clareza e no senso de si mesmo, que lhe deram a coragem de desafiar todas as tentativas dos mais velhos de moldarem a sua vida.
Ele nunca fugia de controvérsias. Para Osho, a verdade não pode fazer concessões, pois assim deixa de ser verdade. E a verdade não é uma crença, mas uma experiência. Ele nunca pede às pessoas para acreditarem no que ele diz, mas, ao contrário, pede que experimentem e percebam por si mesmas se o que ele está dizendo é verdadeiro ou não. Ao mesmo tempo, ele é implacável ao encontrar meios e maneiras de revelar o que as crenças de fato são - meros consolos para amenizar nossas ansiedades frente ao desconhecido, e barreiras para o encontro de uma realidade misteriosa e inexplorada.
Após sua iluminação, aos vinte e um anos de idade, Osho completou seus estudos acadêmicos e passou vários anos ensinando filosofia na Universidade de Jabalpur. Enquanto isso, viajava pela Índia proferindo palestras, desafiando líderes religiosos ortodoxos, em debates públicos e encontrando pessoas de todas as posições sociais. Ele leu extensivamente tudo o que pôde encontrar para expandir sua compreensão dos sistemas de crença e da psicologia do homem contemporâneo.No final da década de 60, Osho começou a desenvolver suas técnicas de meditação ativa. O ser humano moderno, ele disse, está tão sobrecarregado com as tradições antiquadas do passado e com as ansiedades da vida moderna, que precisa passar por um profundo processo de limpeza antes de poder descobrir o estado de meditação relaxado e sem pensamento.
Começou a conduzir campos de meditação por toda a Índia, proferindo discursos aos participantes e orientando pessoalmente meditações por ele desenvolvidas.No início dos anos 70 os primeiros ocidentais começaram a ouvir falar de Osho, e juntaram-se ao crescente número de indianos que foram iniciados por ele no neo-sannyas. Em 1974, uma comuna estabeleceu-se à volta de Osho, em Puna, Índia, e logo os poucos visitantes do Ocidente tornaram-se bastante numerosos. Muitos eram terapeutas que se deparavam com as limitações das terapias ocidentais e que procuravam uma abordagem que pudesse alcançar e transformar as profundezas da psique humana. Osho os encorajou a contribuírem com suas habilidades à comuna e trabalhou intimamente com eles para desenvolverem suas terapias no contexto da meditação.
O problema com as terapias desenvolvidas no Ocidente, ele disse, é que elas estão limitadas a tentar tratar a mente, enquanto que o Oriente há muito compreendeu que a própria mente, ou melhor, nossa identificação com ela, é o problema. As terapias podem ser úteis - como os estágios catárticos das meditações que desenvolveu - para aliviar as pessoas de suas emoções e medos reprimidos, e para auxiliá-las a se perceberem mais claramente. Porém, a não ser que comecemos a nos desapegar dos mecanismos da mente e suas projeções, desejos e medos, iremos sair de um buraco somente para cair num outro. A terapia, portanto, deve andar de mãos dadas com o processo de desidentificação e testemunho, conhecido como meditação.
No final dos anos 70, a comuna em Puna abrigava o maior centro de terapia e crescimento do mundo, e milhares de pessoas vinham participar dos grupos de terapia e meditação, sentar com Osho em seus discursos diários e contribuir com a vida da comuna. Alguns retornavam a seus países e estabeleciam centros de meditação.De 1981 a 1985, o experimento de comuna ocorreu nos Estados Unidos, numa região de mais de duzentos quilômetros quadrados, no alto deserto do Oregon. A ênfase primordial da vida da comuna era construir a cidade de Rajeeshpuram, um "oásis no deserto". E num período de tempo milagrosamente curto, a comuna construiu casas para cinco mil pessoas e começou a reverter décadas de estragos - devido ao excessivo uso da terra - restaurando riachos, construindo lagos e reservatórios, desenvolvendo uma agricultura auto-suficiente e plantando milhares de árvores.Em Rajneeshpuram, meditações e programas de terapia aconteciam na Rajneesh International Meditation University. As facilidades modernas construídas para a Universidade e seu meio ambiente acolhedor possibilitaram profundidade e expansão de seus programas, o que antes não era possível. Cursos e treinamentos de longa duração foram desenvolvidos, e atraíram um grande número de participantes, incluindo muitos que já eram profissionais, mas que desejavam expandir suas habilidades e o entendimento de si mesmos.
No final de 1985, contudo, a oposição do governo local e federal a Osho e à comuna tornou impossível a continuação do experimento. A comuna foi dispersa e Osho encaminhou-se para um tour pelo mundo, concedendo entrevistas à imprensa e proferindo discursos para discípulos no Himalaia, na Grécia e no Uruguai, antes de retornar à Índia, em meados de 1986.Em janeiro de 1987, Osho restabeleceu-se em Puna, proferindo discursos duas vezes ao dia. No prazo de alguns meses a comuna de Puna começou um programa completo de atividades e se expandiu muito mais do que anteriormente. Foi mantido o padrão de facilidades modernas estabelecido nos Estados Unidos, e Osho deixou claro que a nova comuna de Puna deveria ser um oásis do século XXI, mesmo na Índia subdesenvolvida. Mais e mais pessoas vinham do Oriente, particularmente do Japão, e suas presenças trouxeram um enriquecimento correspondente nos programas de cura e de artes marciais. Artes visuais e de performance também floresceram, juntamente com a nova Escola de Mistério. A diversidade e a expansão refletiram-se na escolha, por Osho, do nome Multiversidade, que abrigava todos os programas.E a ênfase na meditação fortaleceu-se ainda mais - esse era um tema constantemente abordado nos discursos de Osho, e ele desenvolveu e introduziu muitos novos grupos de meditação, incluindo a No-Mind, a Rosa Mística e o Born Again.Cerca de nove meses antes de deixar seu corpo, Osho ditou a inscrição para o seu samadhi, a cripta de mármore e espelho que contém suas cinzas.
Osho – nunca nasceu, nunca morreu. Apenas visitou este planeta Terra entre11 de Dezembro de 1931 e 19 de Janeiro de 1990.
Fonte: http://www.oshobrasil.com.br

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

QUEM É OSHO-POR OSHO













Quem é Osho?

Pergunta a Osho: Osho, você pode dizer quem é você?

Sou um convite para todos aqueles que estão procurando, buscando e têm um grande anseio em seus corações para encontrar os seus lares.
Sou uma resposta para a pergunta que todos têm, mas que não podem formular, uma pergunta que é mais uma busca do que uma questão, mais uma sede do que uma indagação verbal e mental. Uma sede que a pessoa sente em cada célula e fibra de seu ser, mas que não tem como trazê-la às palavras e perguntá-la.
Sou uma resposta para essa pergunta que você não pode formular e que não pode esperar que ela possa ser respondida.
Quando digo que sou a resposta, não quero dizer que possa-lhe dar a resposta. Sim, se você estiver pronto, você pode pegá-la.
Sou como um poço, pronto para que você atire o seu balde e tire água por você mesmo.
Tenho, mas não posso alcançar você sem os seus esforços.
Somente você pode me alcançar. Este é um convite estranho; ele o levará a uma longa peregrinação, e terminará somente onde você já está.
Você precisará dar muitos passos, em muitos caminhos, simplesmente para chegar a você mesmo, pois você se distanciou de você mesmo e se esqueceu completamente do caminho de volta. Sou um lembrete, uma lembrança do lar perdido.
Não existo como uma pessoa; como uma pessoa eu simplesmente aparento. Eu existo como uma presença. Desde o dia em que vim a conhecer a mim mesmo, a pessoa desapareceu; existe somente uma presença, uma presença muito viva que pode saciar a sua sede, que pode preencher o seu anseio.
Portanto, em uma palavra posso dizer que sou um convite, e é claro, apenas para aqueles que têm um profundo anseio em seus corações, que estão sentindo falta deles mesmos, uma profunda urgência, que a menos que encontrem a si mesmos, tudo o mais não tem sentido.
A menos que isso seja o seu interesse prioritário e supremo, a ponto de, se necessário, você estar mesmo disposto a perder tudo por isso, mas não pode abandoná-lo...
Existem milhares de desejos, mas no que se refere a anseio, há apenas um, o de voltar para casa, de encontrar sua realidade. E nesse próprio encontrar, você encontra tudo o que tem algum valor: bem-aventurança, verdade, êxtase.
Jesus costumava dizer: “Se você tem olhos para ver, veja; se tem ouvidos para ouvir, ouça.” É claro que ele não estava falando para os cegos e os surdos; ele estava falando para pessoas como você, talvez ele estivesse falando exatamente para você, pois você não é novo.
Você é tão antigo quanto toda a existência; você sempre esteve aqui.
Você pode ter encontrado muitos mestres, pode ter chegado perto de muitos budas, mas você estava muito envolvido em trivialidades e não estava ciente de seu anseio.
Sou um esforço para provocar o dormente em você, para despertar o que dorme. O fogo está presente, mas está queimando muito baixo, pois você nunca cuidou dele.
Meu convite é para tornar você chamejante, e a menos que você conheça uma vida que seja luminosa e chamejante, todo o seu conhecimento é apenas uma trapaça. Você está juntando-o para ajudá-lo a se esquecer de que o conhecimento real está faltando.
Mas não importa quão grande seja o seu acúmulo do outro, do objetivo, do mundo, isso não vai se tornar um substituto do seu autoconhecimento. Com o autoconhecimento, de repente desaparecem toda a escuridão e a separação em relação à existência.
Sou um convite para você dar um corajoso salto no oceano da vida. Perca-se, pois esta é a única maneira de encontrar a si mesmo.

Por: Osho

DESAFIO

Desafio

A vida só é possível através dos desafios.

A vida só é possível quando você tem tanto o bom tempo quanto o mau tempo, quando tem prazer e dor; quando tem inverno e verão, dia e noite; quando tem tristeza tanto quanto felicidade, desconforto tanto quanto conforto.
A vida passa entre essas duas polaridades.
Movendo-se entre essas duas polaridades, você aprende a se equilibrar.
Entre essas duas asas, você aprende a voar até a estrela mais brilhante.
Por: Osho

AMOR

Amor

O Amor não deveria ser exigente, senão, ele perde as asas e não pode voar; torna-se enraizado na terra e fica muito mundano.

Então ele é sensualidade e traz grande infelicidade e sofrimento.

O amor não deveria ser condicional, nada se deveria esperar dele.

Ele deveria estar presente, por estar presente, e não por alguma recompensa, e não por algum resultado.

Se houver algum motivo nele, novamente seu amor não poderá se tornar o céu. Ele está confinado ao motivo; o motivo se torna sua definição, sua fronteira.

Um amor não motivado não tem fronteiras:

É a fragância do coração.

Por: Osho



CORAGEM

Coragem

A palavra coragem é muito interessante. Ela vem da raiz latina cor, que significa "coração". Portanto, ser corajoso significa viver com o coração. E os fracos, somente os fracos, vivem com a cabeça; receosos, eles criam em torno deles uma segurança baseada na lógica. Com medo, fecham todas as janelas e portas – com teologia, conceitos, palavras, teorias – e do lado de dentro dessas portas e janelas, eles se escondem.
O caminho do coração é o caminho da coragem. É viver na insegurança, é viver no amor e confiar, é enfrentar o desconhecido. É deixar o passado para trás e deixar o futuro ser. Coragem é seguir trilhas perigosas. A vida é perigosa. E só os covardes podem evitar o perigo – mas aí já estão mortos. A pessoa que está viva, realmente viva, sempre enfrentará o desconhecido. O perigo está presente, mas ela assumirá o risco. O coração está sempre pronto para enfrentar riscos; o coração é um jogador. A cabeça é um homem de negócios. Ela sempre calcula – ela é astuta. O coração nunca calcula nada.
Por: Osho

OSHO-O RIO E O OCEANO

O Rio e o Oceano
Diz-se que, mesmo antes de um rio cair no oceano ele tremede medo.
Olha para trás, para toda a jornada, os cumes, as montanhas, o longo caminho sinuoso através das florestas, através dospovoados, e vê à sua frente um oceano tão vasto que entrar nele nada mais é do que desaparecer para sempre.
Mas não há outra maneira.
O rio não pode voltar.
Ninguém pode voltar.
Voltar é impossível na existência.
Você pode apenas ir em frente.
O rio precisa se arriscar e entrar no oceano.
E somente quando ele entra no oceano é que o medodesaparece.
Porque apenas então o rio saberá que não se trata dedesaparecer no oceano, mas tornar-se oceano.
Por um lado é desaparecimento e por outro lado érenascimento.
Assim somos nós. Só podemos ir em frente e arriscar.
Coragem !! Avance firme e torne-se Oceano!!!”

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

O AMOR É MENSURÁVEL?

O Amor é mensurável?

Na prática em consultório podemos observar que o mal do ser humano está nas relações interpessoais. Eles nos procuram para apaziguar suas feridas emocionais, mas não percebem que as mesmas são causadas por eles próprios. Felicidade não está no outro, a paz não está no outro, a harmonia não está no outro, o AMOR não está no outro, está em cada um de nós. Somos responsáveis pelo que pensamos, porque se torna realidade e pelo que fazemos. Se tratamos alguém bem com certeza seremos tratados da mesma forma (lei da ação e reação) e se por algum motivo qualquer este alguém nos trata diferente é quando exatamente está mais precisando de compreensão, de carinho, de atenção, de afeto, então devemos dar o que ele está precisando. Estamos sendo falsos? Não, apenas fazendo com que aquele círculo de agressividade ou da forma inadequada em agir cesse naquele momento e a partir daí tenha certeza que começaremos ser respeitados e tratados da forma que queremos. Ou se continuam nos tratando de forma ofensiva é porque estamos sendo permissivos e mais uma vez o erro não está no outro e precisamos pensar porque estamos permitindo que aconteça. NÓS precisamos mudar.

Mas a tônica do assunto é quanto à mensuração dos sentimentos: tristeza, solidão, baixa auto- estima, ansiedade, AMOR, entre outros. Será que eles podem ser medidos? Como podemos medir e dizer que algum sentimento é maior ou menor que de outro alguém? Podemos proferir que minha dor é maior que a da outra pessoa, minha tristeza, minha solidão? Podemos dizer que alguém AMA mais do que o outro, determinada pessoa? Eu acredito que não, nem através de técnicas como radiestesia, tarô, runas, búzios, astrodú, astrologia, etc. Quando se ama verdadeiramente simplesmente se ama, o AMOR até pode ser expressado de formas diferentes, mas está ali presente, em cada gesto, em cada fala, em cada olhar, o que não significa que é maior ou menor que o de outra pessoa.

Concordo com o que o OSHO fala: “amor é como a luz - não é nem maior para um nem menor para outro. Mas, ainda assim, para o cego ele não existirá. Para quem não pode ver corretamente, será turvo. E para quem pode ver com clareza, terá uma intensidade diferente.É a mesma luz, mas dependerá do quanto você poderá receber.Se você estiver totalmente aberto, poderá recebê-la toda...”

Abra-se para receber o AMOR sem medo, sem preconceito. Você só poderá sentir o AMOR que outros possam lhe dar quando se permitir a isso. Apenas sinta e receba.

Estamos todos em busca do AMOR, no outro, na esperança de sermos verdadeiramente FELIZES, mas o amor está dentro de nós!

SEJA você o AMOR.

Escrito por Rita H. Rivera